Existe uma relação entre a síndrome da morte súbita e a pronação Dirigentes da Pastoral da Criança lançaram em junho deste ano a campanha Dormir de Barriga para Cima é Mais Seguro.
A garota propaganda desta campanha tem sido a apresentadora Angélica, mãe de dois filhos.
O objetivo da campanha é orientar a sociedade sobre a posição mais segura para os bebês dormirem. O fato de dormir de barriga para cima pode reduzir em mais de 70% o risco de morte súbita de bebês, como revelam os pesquisadores do Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e campanhas recentes divulgadas nos Estados Unidos e na Inglaterra.
Preocupados com o índice elevado de morte súbita de bebês, estudiosos descobriram que a posição em que eles ficam, está relacionada com essa triste estatística. Eles começaram a fazer experiências até que chegaram a uma posição melhor para os bebês, que aconselham às mães.
Os pesquisadores atribuem às diferenças na aquisição de marcos motores de desenvolvimento, ao fato de que a posição prona (de bruços) estimula a parte superior do corpo. De fato, médicos do Memorial Hospital de Rhode Island utilizaram ultra-som para examinar o diafragma – o músculo situado entre o peito e o abdômen – essencial para a respiração – em 16 bebês adormecidos.
Os pesquisadores examinaram primeiro os bebês enquanto deitados sobre o abdômen, depois deitados de costas. Eles também mediram as taxas cardíacas, freqüência de respiração e níveis de oxigênio no sangue. E constataram que, quando os bebês estavam sobre o abdômen, seus diafragmas eram mais espessos e mais curtos nos pontos-chave do ciclo de respiração.
Estas mudanças tornam o músculo mais fraco e menos eficiente, o que os levou a sugerir que a posição em que são colocados a dormir implica na maior ou menor habilidade para responder aos esforços respiratórios.
A posição segura, recomendada pela Academia Americana, é de supinação (deitado de barriga para cima), por prevenção da morte súbita.
Existe uma relação entre a síndrome da morte súbita e a pronação (de bruços)
A SMIS – síndrome de morte infantil súbita, também conhecida como morte no berço, é alvo de muita atenção da American Academy of Pediatrics – AAP, que iniciou uma campanha de esclarecimento, inclusive nos Estados Unidos.
Após a campanha, verificaram que as mortes de bebês diminuíram, o que reforçou a tese de que a posição de bruços, sobre o estômago, enquanto o bebê dorme, é um importante fator de risco.
A SMIS costuma acontecer em bebês recém-nascidos e até um ano de idade, atingindo mais meninos que meninas. Tem causa desconhecida, mas a relação entre a posição prona (de bruços) e a SMIS é muito forte para ser ignorada. Isto porque, apenas nos Estados Unidos, constatou-se que a morte de bebês caiu em 40% nos primeiros dois anos de campanha, onde as mães eram orientadas sobre como posicionar melhor seus bebês durante o sono.
Os resultados colhidos pela AAP não descartam outros fatores que podem influir na SMIS, como a falta de um pré-natal adequado, mães que fumam na gravidez, o calor ou frio em excesso, bebês prematuros ou com peso abaixo do normal e gravidez em adolescentes.
Neonatologistas da Mayo Clinic, em Minnesotta, encontraram algumas evidências de que a posição ao dormir afeta a respiração, embora entendam que este pode não ser o único fator a causar a SMIS. Mas isto não deve preocupar as mães, principalmente as mães de primeira viagem, pois a SMIS não ocorre com freqüência alarmante e também não ocorre se os cuidados básicos forem tomados.
As mães devem ter uma postura cuidadosa, sim, mas sem pânico, pois a tranqüilidade no ambiente é um dos fatores básicos para o desenvolvimento do bebê.
(Fonte Agência Brasil – de Brasília)
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